quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MAS QUEM GOSTA DE SENTIR SAUDADE ?

"Saudade é uma coisa que não tem medida, é um vazio que a gente só pode preencher com a lembrança."(Irene de Albuquerque)

Não é possível! Alguém deve ter feito alguma coisa muito errada para existir a saudade, não que ela seja um precipício, o fim do mundo... Mas quem gosta de sentir saudade?
Qualquer coisa dói! Um soco dói, uma paixão dói quando não correspondida, um adeus dói, um xingamento dói, a falta de respeito dói... Porém o que dói mais é a saudade. Socos, paixões, adeuses, xingamentos... Tudo isso são meras sensações, passageiras, que doem claro, mais passam. Mas certas saudades ficam. A saudade da infância que se foi, saudade da avó que morreu, do amigo que mudo de colégio, saudade do professor da faculdade, saudade da cidade de que você veio... Essas saudades podem até ser “boas saudades”, porque são saudades que muitas vezes te remetem a um tempo em que você era feliz. E acaba rindo da saudade... Acaba roubando-lhe o que ela (a saudade) tem de melhor, a lembrança!
Mas a pior saudade é a saudade de quem se ama!
Quando você sabe onde a pessoa está, a saudade não é tão ruim, você na banca, ele em casa, você no computador, ele na pracinha, você numa sala ele na outra... Bem ou mal, você sabe onde ele está. Mas a saudade da ausência, do bem querer, da indiferença, de não saber onde ela está, é ruim. Você não sabe se ele ainda continua usando o terno que você lhe deu, para que ele use naquela tal festa, não sabe se ele ainda continua frequentando o lugar onde foi o primeiro beijo de vocês, não sabe se ela ainda guarda a foto de vocês dois, aquela que vocês tiraram na noite fria do arpoador.
Não sabe se ele está viajando, não sabe se ele ainda tem seu número, e se tiver, porque não liga... Não sabe se ela ainda te ama, se senti sua falta. Esconder um amor é muito ruim, mas perdê-lo e não esquecê-lo é pior ainda! A saudade quando é grande, muitas vezes se perpétua. E se for à saudade de um grande amor da sua vida, você jamais o esquece.

( Matheus P. Melgaço)

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