segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

REAPAREÇO

Mudei de letra. Nada. Comprei um novo teclado. Nada. Mudei a letra novamente. Nada. Tentei escrever no papel. Nada também, andei na rua, procurei inspiração, e nada. Cheguei em casa, tomei um banho, relaxei, nada. Fui no shopping, troquei de vez de computador. Nada.
Quando eu sentava e colocava a mão no teclado, era isso que saia: Nada. A escrita sumiu, não sei mais o porque de escrever, não consigo dar nomes as coisas, e numa busca desenfreada por uma solução busco por você.
Tudo sumiu e estou sozinho nessa ponte entre a vida e a morte, nessa ponte entre você e eu, nessa ponte... Me seguro pra não cair. Preciso que volte.
Quando eu conseguir dar meus primeiros passos, quando tudo voltar ao normal: reapareço.

Matheus P. Melgaço

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUANDO TÁ ESCURO...

Acho que eu nunca te falei, talvez por falta de tempo, por vergonha, seilá, mais ouvir tua voz no final do dia era o que, simplesmente, salvava o meu dia, sabe, me confortava. Pois de todo o seu conjunto, a sua voz se supera cada vez mais, linda, fina, refinada em vários tons de mel. Deus foi muito generoso contigo, espero que não demore muito pra ler esta carta, mas se demorar a ler, não vai fazer diferença, o meu amor por ti parece que só aumenta. Eu sonho te ouvindo, durmo te ouvindo, vejo no computador nossas conversas gravadas, só pra recordar. Deito, ponho uma música, e relembro, recordar é viver ?
Ah, e falando nisso, lembra quando você cantou Paralamas pra mim, na casa de uma amiga que tinha o DVD, em plena sala, você chegou no meu ouvindo e cantou "eu te esperando, vê se não vai demorar...". Quem afinal está esperando quem? Eu que te esperando ou é a vida que ta esperando nós dois ? Acho que a vida quer ver nós dois juntos, é o destino, puro magnetismo. Impossível de se controlar. Não queria te dizer isso, porque odeio falar palavrão na sua frente, mas tá foda sem você aqui.
Em questão de amor, enquanto você está longe, já reprovei tantas aventuras, outras não, a carne é fraca, claro, mas no fim do dia, a tarde cai, e adivinha em quem eu to pensando?
Tu me conheces, sabe quem eu sou, como sou e porque sou, sabe também que se não me toca, no fundo, bem no fundo, não dá. Droga. Não vou chorar, prometi que não ia chorar, olhos malditos, o coração até me obedece às vezes, mas os olhos se recusam a ficar secos. Você conhece algum remédio pra dor de amor? Pra mim, o que cura dor de amor, é amar mais, talvez você mereça. O teu canto me inspira, você me inspira, cada vez mais. Escrevo para te esquecer, ou para te lembrar, não sei.

“Quando tá escuro e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode chorar.”

Matheus Paulo Melgaço.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DEU ERRADO.

Acordei hoje sem querer acordar, escovei meus dentes, comi uma banana, tomei banho, e sai. Não necessariamente nessa ordem. Fui para rua ver gente, sabe, ver rostos, ver sofridões, trabalhadores, ver a vida vivida, queria ver o que todo mundo ve e eu tenho medo: a vida. Nossa, quanto tempo que eu não saia de casa, e parece incrível respirar quando já não se acredita em mais nada, dormi um dia inteiro, e chorei cinco horas, auto-estima ta baixa: problemas. Daí eu decidi sair, aliviar um pouco esse coraçãozinho aqui dentro, andei devagar por quatro quarteirões, fui pela sombra, o sol estava forte, e eu, desacostumado com a luz do dia, preferi não arriscar. Enquanto andava lembrava versos do poeta “ Tristeza não tem fim felicidade sim ”, quando dobrei a ultima esquina, te avistei de longe, cheguei perto, meus Deus, como você ta mudada, mais magra, seios fartos, um sorriso bonito, parece que o sol está te fazendo bem, parecia com pressa, andava na rua a longos passos, pensei em falar com você, mas tive vergonha, estou jogado, irreconhecivel pra você que se apaixonou pelo meu sorriso, não vai me reconhecer, e, depois que fui te ver novamente, você tinha sumido em meio a centenas de gente, num indo e vindo infinito. Meus olhos se perderam de você, e relembrei o que era pra esquecer: você. Voltei para casa, depressivo, em cacos, não falei mais nada, fiquei mudo... Por fim, peço-lhe que perdoem esse silêncio, o sono, a rispidez, a solidão. Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. “É muito difícil escrever quando não se sabe o porquê de se escrever, quando não se tem mais o amor da sua vida”
Matheus Paulo Melgaço

sábado, 22 de janeiro de 2011

ATÉ UM DIA.

Ontem fui a festa de uma pessoa muito querida, e que, acho que sempre vou lembrar dela. E depois que acabou a festa, eu e mais um grupo fomos para casa dela e, despretensiosamente , conversamos, brincamos um com o outro, enfim, matamos a saudade. O tempo passou e já estava na hora de ir para casa, despedi de todos, com muitos abraços, certas lágrimas caíram, e gritei: "Até um dia".
Nossa, logo depois que eu abri a maçaneta para ir embora, me veio rapidamente, em questão de centésimos de segundos, tudo que vivi com eles, alegrias, tristezas, a primeira vez disso, daquilo. E senti um misto de aperto e alegria no coração, sabe, são pessoas que eu gosto, são queridas... Não sei quando vou revê-lás, talvez amanhã, depois de amanhã, ou elas ficaram guardadas na memória. Nunca pensei que esse "até um dia" fosse doer tanto.
E é sempre assim, deixamos de estudar na mesma escola, mas ainda nos falamos, só que o tempo vai passando e esse seu amigo vai ficando cada vez mais passado do que qualquer outra coisa. Talvez tenha uma festa e você reveja-o de novo, talvez você encontre-o na rua, quem sabe. Talvez você nunca mais encontre-o, e certo dia você vai lembrar de todos vocês, juntos, reunidos e felizes, e vai dar uma saudade forte, um aperto de quem quer tudo de volta. Quando as pessoas deixam de se falar, elas se distanciam uma das outras irremediavelmente.
Faça um favor, pra mim e pra você, não deixe que pessoas queridas sumam, assim, inexplicavelmente. Ainda acho que a essência da vida está em quem te dá a mão depois do tombo.
Matheus Paulo Melgaço

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

UM DIA ME CORTO


Se você demorasse mais um minuto não te esperaria, se você tivesse chegado mais cedo, eu certamente não te encontraria. Então, você chegou no momento exato, do minuto seguinte. Acho que o amor tem essas peculiaridades, e é engraçado quando elas não passam por despercebidas, como você que, não passou por despercebida. Você foi e é até hoje, um furacão sabe, uma árvore que foi crescendo dentro de mim, e crescendo, quando eu dei por mim, abri todas as janelas, e as portas, meu amor por ti ultrapassou fronteiras, obstáculos, medos, tudo. Sonho mesmo, sonho-de-amor-perfeito-que-nada-destruirá.
Ah, hoje, eu inventei um jeito novo de, mesmo voltando do trabalho de ónibus, continuar pensando em você. Eu sempre vou em pé, ônibus de seis horas sempre vem cheio, então, me seguro para não cair no ônibus, e viajo nas paisagens, olhando as pessoas lá fora, procurando seu sorriso, seu jeito, seus passos, como que se, de alguma forma, você soubesse que penso em você. Eu nem preciso mais dizer , acho que meus olhos falam por mim nos momentos que estou com você ,dizem que eles brilham, não admito, mas no fundo, sei que é verdade.
Porque você não me ligou? Você disse que me amava também, é uma pena você fala isso poucas vezes, tampouco acreditei no que você disse, embora tenha deixado o telefone do meu lado o dia todo, e cada momento que ele tocava, o coração saia bela boca. “Alo?” Não era você. Talvez nunca tivesse sido, e isso tudo não tenha passado de uma fantasia para eu acreditar que: Sobrevivo – sobre o vidro – vivo – um dia me corto.

Matheus Paulo Melgaço

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UM DIA.

Um dia agente descobre que um belo dia se morre, e vai além, descobre que morrer é só uma gota da vida pela eternidade. Um dia você descobre que mulheres foram feitas, igual fizeram um quebra-cabeça, e que montá-lo, pode doer mais do que se imagina. Um dia você descobre que se arrepender não tem efeito, e passa a ver somente o presente-futuro, passa olhar o passado e sorrir. Um dia você descobre que chorar não é significado de fraqueza, mais um desabafo de um herói. Descobre que quanto mais descobrir, mais fértil é sua capacidade de ser. Descobre que dinheiro não é tudo, o que adianta ser o mais rico do cemitério?
Um dia você descobre que apaixonar-se é maravilhoso, e ser retribuído é esplêndido. Descobre que você tem menos amigos que imagina, e que sempre ficam os poucos e bons. Descobre que dor é dor, e que precisa ser respeitada. Descobre que ter status, belos carros, roupas de marca, eletrônicos de ultima geração é bom, mas que no fim, é só você contra você mesmo, e que ser simples, é o maior dom da existência humana. Descobre que perder o amor da sua vida, e saber que está se perdendo, junto com ele, é uma dor irreparável. Um dia você descobre que a vida é família, que a vida é uma menininha que precisa de todos os amparos possíveis e imagináveis porque não sabe lidar com seus sentimentos, outras vezes, ela é madrasta, vida-madrasta, se olhar para trás, vira-se pedra, um dia.
Um dia. Um dia. O mínimo e o máximo, da vida de todos nós.


Matheus Paulo Melgaço

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DÓI SABER...

Dói constatar que as risadas e os abraços, enfim, ficaram para trás. Dói saber que dos amores que provei, nenhunzinho, conseguiu me fazer borbulhar o estômago como o teu fez. Só de ouvir a sua voz me tremia a base, e só o teu afago, enlouquecia meus neurônios. Nenhuma outra me surpreendia, e nem fazia aquelas carinhas fofas que você sabe fazer. Você me desarmava sem nem sequer abrir a boca. Bastavam seus olhos repousando suavemente sobre os meus, para que eu perdesse a noção do tempo. Bastavam cinco minutos de conversa boba para que eu me envolvesse e achasse que não existia coisa melhor. Dói olhar para dentro de mim e ver o tanto que você levou, pegou tudo que cabia no teu bolso, todos os bons sentimentos: foi tudo contigo. Dói lembrar das mordidas inesperadas, e mais ainda: não ter ficado nenhuma marquinha de lembrança, dói lembrar do seu perfume e não saber onde encontrar. Dói mais atardinha, depois que o sol se põe, eu sempre lembro de você. Hoje, eu vasculho todos os cantos do coração tentando expulsar tudo o que tenha ficado seu por aqui, por sobrevivência mesmo, compreende? Recolher os cacos do coração espalhados pelos lugares que passei pensando em você, recolher as lágrimas, sentimentos, tudo. Jogar no esquecimento. Contudo, sempre que faço isso eles voltam, acho que lá no fundo eu não gostaria de esquecer, e sei que, por isso, fica esse nó na garganta, que não atam e nem desatam. Esse sentimento de perda do peito que ninguém arranca. Sinto tanto a tua falta que por vezes ligo o celular e vejo seu número, dentre tantos outros números, mas nenhum me toca como seu. E olho como se assim você pudesse sentir inconscientemente que penso em você com carinho. De maneira telepática talvez, sentir o peito arder de saudade junto com o meu.
Mas depois de escrever esse texto apagarei tudo o que for seu do celular, dos e-mails, do computador, tudo. Para só ficar essa angústia no coração que não vai embora nunca. O sentimento enorme por ti esmaga o peito, tira o ar, e o pouco de sanidade que ainda me resta. Sinto tua falta. Quase sempre me dá uma vontade irremediável de te ligar e confessar: "Olha, cara, eu era muito feliz quando você estava aqui, da pra voltar ? Tô achando que a minha felicidade foi com você”. Sobretudo o que eu queria é que você entendesse como está difícil viver sem você aqui, do meu lado, me apoiando e dando força. Tá difícil encarar o dia sabendo que não terá a sua risada escancarada, o seu cafuné, que não existimos mais nós e sim eu. Está sendo meio duro aprender a continuar a te ver, sem te desejar tanto. E pra falar a verdade, eu queria que você sentisse minha falta também, como se você sentindo minha falta, e o tempo passando, eu acalmaria tudo aqui dentro, falando “calma o amor não é para o seu bico”, mas sei que, não é possivel, por isso , termino por aqui, para não me machucar tanto, e não te espantar mais ainda, é, termino por aqui. Vou ali e já volto. Pronto.

Matheus Paulo Melgaço

domingo, 16 de janeiro de 2011

MENINA DOS OLHOS DE MEL.

Menina dos olhos mel,
por onde andas você,
onde anda esses olhos que a gente não vê,
onde anda esse seu corpo que me deixou louco de tanto prazer.
Pensou que esqueci de você?
E que embora, apesar dos pesares, tudo me remete você.
Minha vida está sem razão, menina dos olhos de mel,
perdeu o sentido, se esvaneceu.
E por falar em prazer,
e razão de ser,
você bem que podia aparecer.
Estou nos mesmos lugares, andando por essas noites,
perambulando pelos bares.
Procurando por você.

Matheus Paulo Melgaço.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

EU ACREDITO.

Eu acredito em amor a primeira vista. Acredito que uma pessoa possa se apaixonar por um olhar. Acredito em flores numa terça-feira como outra qualquer, e que essas flores vão fazer dessa terça comum, uma terça especial. Acredito que o amor de sua vida, possa vir, quando você menos espera, talvez quando você sair só para comprar pão. Acredito que o melhor amor, é o ingênuo, sabe, aquele amor sem “vigésima quinta intenção”. Acredito em “eu te amo’s” sinceros, acredito em felizes para sempre, acredito em companheirismo, acredito no que me ensinaram e no que aprendi, acredito no presente em que a vida me deu: viver. Acredito em demonstrações de amor. Depois de tudo isso, estou certo que, mais do que nunca, acredito no amor.
Matheus Paulo Melgaço.

POR-DO-SOL.

Sentado no jardim de casa, com uma garrafa de whisky de um lado, e um papel e uma caneta do outro, de longe, avistava o por-do-sol. Eu sempre escrevo bebendo no jardim, mas hoje não consegui escrever, só fiquei bebendo, olhando o por-do-sol, e pensando em você. Pensei nas coisas que na época me faziam ou me fazem bem, não sei ainda. E como eu tenho um ódio quando não consigo responder as minhas próprias perguntas. O por-do-sol forte, maravilhoso. E eu aqui, ipotente, sem nem sequer saber se ainda gosto ou não de você. Como esquecer algo que, supostamente, não sei o que sinto.
Uma escolha e batida de martelo, pronto. Voltar atrás não dá, se arrepender é um sentimento inválido, pois, ele não faz você voltar no tempo, só faz sofrer.
Amigo, todos os dias, quando me bate uma saudade de você, bebo um único copo de whisky com três pedras de gelo, na minha casa de Búzios, cujo sou contemplado por uma bela paisagem da qual é acompanhada de uma bela musica italiana. Esses momentos que me fazem esquecer de você, momentaneamente, eu sei disso. Como eu odeio essas minhas recaídas, despropositais, como eu odeio essa merda de vida que só se faz escrever escrever escrever, escritas essas que por caminhos tortos, ou não. Me levam sempre a você.
Vou todos os dias ver o por-do-sol, acho que por ser tão extraordinário, ele consegue por incrível que pareça, tornar alguém tão fraco e hipócrita como eu, extraordinário também.

Matheus Paulo Melgaço

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VIA LÁCTEA.

A vida que eu queria ter era uma vida de paredes cinza, com quartos e mais quartos, e nenhuma mobília, e que, embora tivesse tantos quartos, não teria tantas pessoas. E depois dos quartos haveria um enorme jardim, bonito, florido, sinonimo de tristeza. Essa vida que grito aos quatro ventos, confesso que, é bem sonho de criança mesmo, bem sonho de quem quer ver o mundo melhor. E em falar em crianças, a vida que eu queria ter seria repleta delas, e que, cada uma delas, pudesse de uma forma ilimitada, transformar seus sonhos em realidade, pensando que, a vida, por um só momento, possa ser bonita de se viver. Meu sonho é tão impossível quanto real, e às vezes acho que não ter pode até ser bonito, sobretudo sufoca vezenquando. A vida que eu queria ter está lá, por detrás da Via Láctea dos sonhos perdidos, onde ninguém jamais se atreveu entrar.
Matheus P. Melgaço

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2011 MELHOR PARA NÓS DOIS.

Como andas amor? Alias, posso te chamar de amor?
Depois daquele dia nós nunca mais nos vimos, nunca mais nos tocamos, como eu sinto falta de você. Quero te falar que hoje, quando acordei, logo depois de escovar os dentes, na rádio tocou uma música, a nossa música. E quando joguei uma água no rosto para limpar todos as cicatrizes que a vida fez questão de marcar, o que aconteceu foi que elas apareceram por detrás da máscara que eu mesmo botara, para ofuscar o que sinto por você. Nossa! O que eu to falando. Eu sei que você não volta mais, sei também, que não consigo botar pontos finais em relacionamentos, pra mim sempre restam algumas coisas, e que essas algumas coisas possam se transformar em uma bela coisa, como um dia foi a nossa história... Nosso amor dói, o que eu sinto por você dói, acho que por ainda pensar todas as noites em você, no seu perfume, na sua pele, no seu beijo. E dói nos momentos mais inoportunos, talvez porque eram nesses momentos, os inoportunos, que você apareceu na minha vida, e, virou-a completamente de cabeça pra baixo. Logo depois que acabou os fogos, pedi a Deus que, em 2011, eu, você, nós. Possamos ser felizes, juntos ou não.


FELIZ 2011, que seja repleto de realizações, e muitos amores Matheus P.Melgaço