quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sem querer.


Não era pra ser assim. Eu não queria que fosse assim, amá-lo definitivamente não estava nos meus planos. Nos meus sonhos talvez, mas não nos meus planos.  Como eu pude deixar isso acontecer comigo? “Mas o amor não é algo que a gente faz acontecer” diria ele se estivesse aqui com aquele sorriso bobo.

Mas no fundo, eu sabia que terminaria assim, esse era o único caminho pra nós dois – o amor. No entanto, pensei que seria forte o suficiente pra fugir disso. Não fui. O danado do amor me entrelaçou aos braços dele (e que braços!). E mesmo que eu lute bravamente pra não sentir nada além que uma amizade bonita, eu não paro de pensar como aquele guri pode, enfim, ser- o-homem-da-minha-vida.
Tá certo que a gente não escolhe, mas tinha que ser justo agora? A verdade é que o mando embora querendo que fique. E que todas as coisas que falo não são pra serem levadas em consideração, apenas as palavras que saem dos meus olhos... Essas sim dizem à verdade que tanto escondo.

Eu gosto daquele guri, do jeito que anda, fala... Mais do que deveria ou poderia, gosto mesmo acredite... Droga! Confesso! Eu o amo, falei.

terça-feira, 8 de maio de 2012

"Só isso".


Você levanta da cama e coça os olhos para ver se não está sonhando. Observa ao redor e não vê ninguém. Toma um banho e sai para mais um dia de trabalho. A pessoa com quem você ficou não deixa número e nem endereço. Nenhum sinal de vida, o que te leva a pensar que foi tudo um sonho, o que as cobertas emaranhadas e os travesseiros desmentem.

Porque só conseguimos ver a real beleza do amor depois do sexo. Quando corpos exaustos se completam no mesmo ritmo. Quando você acaba por dormir em cima dos braços dele com as pernas emaranhadas fazendo um encaixe perfeito dos pés, mesmo você 35 e ele 42(não há gesto tão intimo quanto deitar e entrelaçar as pernas), o suor ainda balbuciando, os hormônios voltando ao estado normal, o cheiro de testosterona e progesterona ainda no ar, os corpos contornando-se em forma de conchinha.  A sensação de que foi um sonho.  A mistura dos cheiros e sabores, a descoberta de que ele ronca dependendo da posição e que não te atrapalha tanto assim, ou quando você acorda e o outro continua dormindo e você observa-o nos mínimos detalhes: os traços do rosto, o desenho do queixo, e a nuca onde a boca teimava em ficar.

Porque a beleza do amor vem logo depois do seu ato mais contundente – o sexo (onde hoje nem sempre se faz somente por amor). As cobertas emaranhadas ainda escondem, sem tanto mistério e curiosidade, a genitália um do outro. Já não há tanto mistério. Porque o amor, afinal, é “só isso”.

Sem posições complexas do Kama Sutra, gemidos de estourar tímpanos e apresentações dignas de ganhar o Oscar. É, disse a morena pra mim “o amor é só isso mesmo”. Duas pessoas que se amam, dois corpos que se encaixam em perfeita harmonia.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tudo como antes.


Volta que eu retiro os enganos, refaço os caminhos e recomeço o percurso. Volta que eu te aceito e te cuido, te dou aconchego, carinho e amor de mansinho.  Volta que eu trago de volta todos os abraços, beijos e desejos. Todos os sonhos, fotos, risos e sorrisos. Volta para eu recomeçar o caminho, devagarzinho degrau por degrau bem do jeito que tem de ser. Volta a ser e sentir.  Volta para dias iguais se tornarem diferentes. Volta para eu ser e sentir. Volta para eu voltar a escrever. Volta por questão de sobrevivência, minha e sua. Por questão, sobretudo, de amor.

Volta para eu falar de amor e escrever de amor. Às vezes penso em voltar, daí lembro que você quem foi embora. 

sábado, 5 de maio de 2012

Por fim.


Eu senti a sua falta. Senti por você ser em todos os momentos o meu porto seguro. Ser aquela pessoa na qual a gente pode ligar quatro horas da manha e falar “não ta nada bem, vem aqui me ver”. Por ser aquela que a gente confia e a única na qual (sabemos) nunca irei esquecer. Mas não confunda isso com dependência, como disse Mario, o Quintana para você ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar não precisar dela. E era exatamente isso que acontecia.

Eu senti falta dos abraços quentinhos, do seu cheiro entre o pescoço e o ombro. Do seu sorriso que abria caminhos e dos beijos lentos e demorados, de alguém do outro lado da cama e de pés juntos ao meu.  Falta da presença, porque até o seu silencio olhando para mim é bonito.

Mas a melhor coisa que eu pude fazer foi entrar noutra, e não deu certo. Nem um pouquinho. O beijo era bom, o abraço bom, as conversas eram boas. Mas nada era igual a sua mordida seguida de um olhar que diz: “eu te amo”. Ela era linda com aqueles olhos azuis angelicais. Mas tinha um grande defeito: não era você. Então, parei de procurar-te em todas as mulheres e percebi que não adiantava, meu coração pertencia ao seu.  
Portanto, resolvi ficar quietinho. Olhar para dentro e esperar. Esperar talvez uma atitude sua ou uma coragem minha de seguir em frente sem olhar para trás e nem para os lados... Sem olhar para você. Mas enquanto essa coragem não vem ou você não toma uma atitude, permito-me ficar aqui.

Dessa forma, ninguém me acha, a não ser quem realmente estiver me procurando, então, terei certeza que será essa pessoa. Difícil será se essa tal pessoa não for você. 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Acontece.


O amor – no qual as palavras para descrevê-lo fogem, os sentidos se esvanecem e a razão desconhece – não é algo que a gente possa escolher quando, como e onde irá acontecer. Ele não segue regras e nem determinações.

Ele aparece numa terça-feira sem graça, num domingo onde não se espera nada além do que almoçar com a família ou num cantinho qualquer quando você dobrar a esquina. O amor faz acontecer por ele mesmo. Nós não fazemos nada, somos tão e somente consequência dele, resultado desta fórmula: “eu + você = amor”.  

É deixar acontecer na gente sem hora marcada e aviso prévio. Porque o amor é deixar acontecer e não fazer acontecer.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Medo de amar.


Medo do escuro, medo de cair e se machucar, medo de não dar certo na profissão, medo de o amanhã não chegar, medo de ter medo...

Ter medo é tão normal quanto gostar de chocolate-quente numa terça-feira chuvosa. Mas o medo que dá mais medo é o medo de amar.  Aquele que nos faz perder horas de sono e dias a fio pensando no que fazer, que nos faz ficar dispersos no trabalho e pensar que as músicas foram escritas para nós.

Medo de amar porque rimar amor com dor é tão clichê quanto inevitável e nem todo mundo está disposto a sofrer por amor. (Aliás, ninguém está. Acontece apesar de nós.) Medo de cair no desconhecido, cair de cabeça naquele secreto tesouro que é o sorriso dele ou de lutar até transpor a última barreira e desvendar os segredos dos olhos dela. Não é porque ele foi um canalha com você que todos serão ou que ela foi desonesta com seus sentimos que as outras farão a mesma coisa.

Você tem medo do errado, mas nunca viveu o certo. Porque amar é isso: um abismo. E amor, uma rede de anjos ampara a nossa queda. Para o dia de amanhã, bem... A peleja é longa e no final das contas é só você contra você mesmo. Todo mundo precisa de um copiloto. Jobim dizia: “É impossível ser feliz sozinho”. É isso

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não adianta.

A gente pode brigar. Você não atender minhas ligações e não responder minhas mensagens. Pode ignorar-me na rua, no trabalho, no clube ou no restaurante. Pode fazer propaganda de mim dizendo que sou o pior homem do mundo. Pode reclamar das minhas manias, jeitos e trejeitos. Pode não ler mais meus textos, se quiser.  Diga então, que não me ama mais e que esqueceu todos os momentos em que passamos juntos. Pode dizer, aliás, que tudo que aconteceu foi nada além que: “coisas de momento”.

Pode excluir meu número da sua agenda telefônica e apagar meu e-mail da sua caixa de mensagens. Pode tirar minhas fotos do seu mural de amigos. Pode recusar todas as minhas iniciativas de aproximação. Pode me chamar do nome que quiser; como se isso pudesse adiantar.

Por fim, pode fazer o que quiser para me esquecer. Porém bastam meus olhos repousados sobre os seus, para que todo o nosso amor venha à tona. Para o que tudo que, de alguma forma, tentamos esquecer... Vir à tona. E nos mostrar que é realmente o caminho. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

X e Y da questão.


Um homem não conquista uma mulher somente na cama, caso contrário, os atores pornôs não teriam problemas quanto a vocês – mulheres. A cama é um fator importante, mas não é o X nem o Y da questão.  Faz-se necessário mais que músculos e virilidade ímpar. Mas que cavalheirismo e flores em terças-feiras. E não vale usar de bens matérias (será?) como carro do ano e roupa da moda.

Faz-se necessário ser muito homem. É preciso moral para ter mulher. Só tem mulher quem pode. 

É preciso ter um coração do tamanho do mundo, um sorriso que ela goste e um abraço acolhedor. Uma vontade de cuidar e de ser... Ser muitas vezes mais dela que seu. Um olhar sincero e, pós-graduação em senso de humor. Ser amigo das amigas dela é importante, da família então nem se fala. Conquiste o pai dela que é meio caminho andado.  Não tente mandar na relação, mulher gosta de achar (achar?) que manda. É melhor obedecer... Vai por mim, você ganha mais. Luis Fernando Veríssimo disse: “Não faça sombra sobre ela [...] Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda”.

Mulher merece respeito e importância ímpar. Creio que atenção e carinho não seja preciso nem citar! Para conquistá-la é preciso mais do que dizer “eu te amo”. Na verdade, para saber qual é o X e o Y da questão é necessário, acima de tudo: viver. Isso. VIVER. Com todas as letras e de preferência em CAPS LOCK.

O essencial nós desconhecemos. Daí a graça da conquista. Daí a graça do amor.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quem nos escreveu.

Quem nos escreveu, escreveu quando não suspeitávamos de nada. Escreveu quando éramos simples mortais atrás da felicidade, tentando, de alguma forma, ser feliz. Escreveu no nosso dia a dia, por entre nossas falas e olhares. Escreveu já sabendo qual seria o final e como se desenvolveria a trama.

Quem nos escreveu, escreveu pensando numa história óbvia vista de longe e sem sentido vista de perto. Quem nos escreveu teve a certeza do que estava escrevendo em cada linha. Palavra por palavra, acento por acento, vírgula por vírgula.

Quem nos escreveu, escreveu tentando contar uma história feliz. Como se estivesse querendo dizer: “Ó, ta vendo aqui? O “para sempre” existe”.
Quem nos escreveu, ainda continua escrevendo. Linha por linha, palavra por palavra. Procurando um final feliz, pra mim e pra você. Juntos ou não. Porque, afinal, nunca se sabe qual será o próximo capitulo. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tarde mais, cedo demais.

Medo de um dia acordar e sentir que acabou. Sentir que o sorriso já não encanta como antes e nem os olhares envolvem mais. Acabou o amor, o sonho e o desejo. Acabou a vontade de estar junto e sentir junto. Medo de dizer que acabou porque nada é para sempre.


Medo de não ter mãos para tocar, lábios para beijar e sorrisos para admirar. Medo de ter acabado por falta e ou por excesso de amor – porque nunca se sabe o porquê que se acaba, então, nos conformamos com: “tudo tem um fim”.


Medo de ter regado o jardim sozinho e perceber isso tarde demais. Medo, na verdade, de ser tarde demais... Ou cedo demais.
Tarde para pedir que fique ou cedo para pedir que ande sua parte do caminho. Tarde para dizer tudo o que não foi dito ou cedo para dizer aquilo que ainda resta ser dito.


Tarde demais... Cedo demais... Você sabe, eu te amava... Ou amo.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um quase

E depois de tanto tempo. Depois de datas marcadas não chegadas, promessas não compridas e decepções. Hoje você não passa de um quase. Um beijo quase dado, um amor quase completo, uma rua quase florida.  Um olhar quase dado, um sorriso quase compreendido, um amor quase vivido. Alegria quase completa. Uma palavra quase dita e um sentimento quase extinto. Um livro que terminou antes do fim. Ou um jantar que acabou antes da sobremesa, pois, o que ficou, foi à sensação de poder ter degustado um pouco mais. <2Fdiv>

O quase não serve o sim nem o não. O quase não machuca, não queima e nem esfria. O quase é a diferença entre aqueles que tentam dos que esperam. Entre aqueles que correm para encontrar em que quintal fica a outra metade do seu coração, daqueles que se bastam sós. O quase, hoje, é você. Meu quase mais lindo, confesso. Mas um quase que ficou para trás. Porque com a ventania que passou por aqui, muitas coisas se foram. E você, que sempre foi um quase, nunca fincou raízes no meu quintal. Não aguentou a ventania.

Aqui, agora. Desde há aquele dia, você não passa de um quase para mim.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Retas e curvas

Hã? O quê? Mas o corpo não é uma peça importante no jogo da sedução? Do relacionamento? No jogo da vida?

Eu você, nós. Não precisamos desesperadamente ir para uma academia atrás de bumbuns redondos, abdomens “secos” e braços com músculos e mais músculos?
Mas quem irá se apaixonar por alguém cujo corpo não é escultural e desejado? E na praia?
Já sei! “Aquelas “pílulas falantes” que fazem” “mágicas” em nossos corpos... Ou, já ia me esquecendo... Salve as cirurgias plásticas! Ajeitar aqui, mexer ali...

Eca, plástico! Soa um tanto quanto falso... Não cirurgias plásticas não e nem “pílulas falantes”! Preservarei o que resta de verdadeiro em mim: o corpo. Já que hoje em dia, é orgulho falar: “Todinho meu!”. Mesmo que esse meu, não seja lá grandes coisas. Mas é meu!

Sabe, essa coisa de amor é difícil. Será que podemos ser felizes sozinhos? Sem ninguém que possamos chegar do trabalho e contar tudo. Rir até cansar e jantar vendo o jogo do Mengão?

Pensando bem, ter alguém do lado é tão bom. É o tipo da coisa que só quem provou sabe o gosto. Não adianta querer dizer como é ou o que sentimos. Assim como comer brigadeiro da panela, só quem sabe entende.

No entanto, se escolhermos a pessoa errada e tudo o que mais sonhamos virar o que menos desejamos? No fundo no fundo, a gente sente. Eu acho... Lá nos olhos dele ou dela. 

O importante mesmo é arriscar-se. Jogar-se no desconhecido... Ou ficar sentado esperando as coisas acontecerem, vendo a vida passar.
E assim foi ele pela rua coando as informações em que lhe eram despejado incessantemente. Escolhendo caminhos e fazendo suas escolhas, sejam elas boas ou não. Bonitas ou não. Éticas ou não, verdadeiras ou não. E lá ia ele virando para a esquerda... Ou não.  

terça-feira, 20 de março de 2012

Vê se entende.

Hoje em meio a mil versos, músicas e bebidas:  descobri você. Logo hoje, onde o principal objetivo era esquecer-te. Onde o principal objetivo era...

Você me deixou aqui, eu sei. No limbo, do fundo do fundo do poço (pelo qual tive que descobrir sozinho que, é no fundo do poço que damos os maiores saltos). E mesmo que você desejasse resgatar tudo àquilo que vivemos... Já não era mais possível.

E o que eu queria que você soubesse, é que aqui no poço, como todos os outros, só há escuridão e tristeza. Mas a gente, morena. Tem que aprender a “driblar” tudo isso para dar a volta por cima e sair daqui. Tenho certeza que você nunca veio para cá, gostaria de não vir também. Mas às vezes, quase sempre, a gente tropeça numa pedra e cai. Tem hora que a queda machuca tanto que chegamos a pensar que não aguentaremos, que não somos fortes o suficiente. No entanto, a gente aguenta. Pensamos em desistir de tudo, mas não desistimos.

Têm outras que não machuca. Mas dói, dói muito. Uma dor interna que não se descreve. Se sente.  E só passa com o tempo, só passa quando tem que passar. Só passa quando estamos prontos para outra.

Portanto morena, embora o fundo do poço seja algo difícil de viver e sair. Uma hora a gente sai. E saímos mais maduros e verdadeiros. Saímos quando tem que sair. E tenho certeza de que quando eu for sair, ficarei cego por alguns segundos. Já não sei mais como é a luz do dia.  Porém, você estará lá morena. Esperando-me, com todo o seu aparato: sorrisos, poses e gestos. Isso que importa. Sorrisos, poses e gestos. Além disso, só amor morena, muito amor.
Vê se entende.

terça-feira, 13 de março de 2012

É morena...

É morena, se caso queira saber, estou com saudades de tudo. Dos jeitos, das manias e da implicância. Das conversas com os olhares. Dos risos e beijos.  Porque é bem nessa horinha, quando você olhava para mim e a gente ria até doer à barriga, que me lembro de você.  Saudade de dizer que você é linda, morena. Saudade de sentar e só olhar. Saudade das conversas e de ter que fazer malabarismo na fila do cinema enquanto você vai ao banheiro. Saudade de ser por completo. Saudade do seu cheiro e de gritar seu nome.
Mas o que ficou foram às fotos e lembranças... Muitas. E da um medo de você não sentir nada disso. Medo de acabar por sentir tudo isso sozinho. Incompleto, singular...  Não, não vou chorar! Não podemos chorar no final dessa história. Não vale a pena. Rimos com ela... Terminaremos assim... Rindo. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Apaixonar-se

Mania chata é essa que temos de querer sempre ser de alguém e estar com alguém. Mania de sempre quando estamos sozinhos, pensar nele... Ou nela. Mania chata de querer um amor para a vida toda ou que dure o mais tempo possível de modo que, não exista o próximo. Mania de romantizar e ir passando as vacas em cima dos bois. Nascemos sós e morremos sós, o pensamento é nosso e não compartilhado, tampouco os sentimentos. Mas então, de onde vem essa necessidade de estar com alguém?

Essa necessidade vem, quando não aguentamos o dia-a-dia e precisamos de alguém que possamos rir e esquecer o que não foi bom. Essa necessidade vem, quando a barra está muito pesada e não conseguimos carrega - lá sozinhos. Vem quando precisamos dividir os medos, os segredos e sonhos. Dividir alegrias.  Vem quando percebemos que precisamos de um porto seguro, de carinho e afago. Beijo na nuca.

Porque apaixonar-se é querer se expor ao sol. Cultivar jardins e afastar as pragas. É reescrever-se e deixar a outra pessoa escrever um pouquinho também. Apaixonar-se é um exercício diário.  É a diferença, a sutil diferença, entre aqueles que só têm retina nos olhos para os que têm um brilho no olhar. Porque só existe uma maneira de viver... Apaixonado.
 Ninguém consegue pilotar um avião sozinho por muito tempo, é preciso um co-piloto. Vai entender...

terça-feira, 6 de março de 2012

Pais e filhos.

Mas não esquenta não, é assim mesmo. Essa coisa que nos dilacera, que nos entranha. Essa sensação boa de estar vivo, de ser importante. Essa ilusão de eternidade. E o bom mesmo é isso, é saber que amanhã é outro dia, que sempre se pode sonhar e viver... Viver com todas as letras. O importante é fazer a diferença!                                                                                                                                                           Afinal, a vida é assim mesmo. Um dia se está por cima, outro por baixo. O que vale é não tirar o sorriso do rosto. “Mas o que vale a pena no final das contas?” disse o menino.  O amor! Disse o pai, arregalando os olhos como quem quisesse dizer que é a coisa mais importante do mundo. E é.
Nesse momento, o menino sentou-se na cama e franziu as sobrancelhas, e por menor que seja sua idade, não importava.
Mas não esquenta não, é assim mesmo. Essa coisa que nos dilacera, que nos entranha. Essa sensação boa de estar vivo, de ser importante. Essa ilusão de eternidade. Repetia o pai; e aquelas palavras suavam tão bem em seu ouvido, que não havia coisa melhor.
E não se preocupe, ele vai até você quando você e ele estiverem prontos, disse ele ajeitando-se na cama. E é bonito casar, ter filhos, netos, bisnetos... Acho que o sonho de todo mundo é encontrar um amor que dure o mais tempo possível.
O pai já estava levantando-se quando o menino perguntou: “Essa palavra tem no dicionário?” O pai sentou-se novamente e disse: “Existe, mas o melhor entendimento é esse; repete comigo: amor. Pensou em alguém? Pois é, eu também. 

sábado, 3 de março de 2012

Nada é a mesma coisa.

E tem coisa melhor quando essa coisa, o amor, é recíproca? Quando os olhares dizem a mesma coisa, quando nos abraços sentimos o coração bater ao mesmo tempo. A mil. Tem coisa melhor quando os desejos são os mesmos, o momento certo para ambos, as expectativas melhores possíveis e alegria de estar junto ser melhor que tudo? Quando o sorriso é farto e a conversa é boa. Quando as brigas sempre terminam em beijo. Quando a saudade tem nome, telefone e endereço fixo.  Quando não existe medo do futuro porque é tão bom ver filme comendo pipoca com ele. Quando as músicas passam a lembrar alguém, e as sextas-feiras depois que ela apareceu nunca mais foram às mesmas. Nem os textos lidos, nem as noites dormidas e os sonhos. Nada depois que você apareceu foi à mesma coisa. Porque além de mim, agora eu passo a levar um pouquinho de você também. 

Os sábios e marujos.

Dizem os sábios que moram em montanhas onde não somos capazes de enxergar o topo, e os velhos marujos cujos seus navios foram naufragados e amores foram perdidos que, quando é pra ser, não existe tempo, medo, distância ou pedras no caminho.
E esses mesmos sábios, dizem que os amores mais ternos realizam-se cedo. Então a confiança e a cumplicidade nutrem-se e solidificam-se. E os velhos marujos, cujas barbas brancas demonstram sua vivência, falam que quando é pra ser; tem força suficiente para que aconteça. Não importa que seja aqui ou em Madagascar, amanhã ou só daqui a dez anos. Vai acontecer. Porque o que é de verdade na nossa vida, coisa ou pessoa, não volta, simplesmente não sai.
E todos eles (sábios e marujos) insistem em dizer que, embora a vida seja um tanto quanto dura, e aquilo que fere é o que cura. E que cada lágrima caída, no final, equivale a um sorriso dado. Viver é um sopro. E ninguém veio para assoprar sozinho.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Bem "forever".

E naquele estante, passou pela cabeça aquilo que mudaria completamente o rumo tortuoso e cheio de percalços daquilo que ele, corajosamente, chamava de vida: “ela já não mais o amava”. E isso ficou flutuando em sua cabeça por longas horas. Embora tentasse desesperadamente tirá-la (a frase? A amada? As duas?) de qualquer forma... Já não era possível. Ele não desejava isso. Teve vontade, então, de fazer qualquer outro ato para que fosse possível voltar tudo a ser como antes... Já não era mais possível também.
E depois daquele dia, ele já não esperava nem desesperava. Sem expectativas. 

E logo adiante, um clarão cegou-o por alguns segundos. Algo assustador o cercava, e embora não pudesse ver ou tocar, estava lá. Bem perto, por vezes conseguia sentir a respiração. Mas ele tinha certeza, continuaria ali. Mesmo não sabendo ao certo o que era. Continuaria ali. Pra sempre. Sempre. Era verdade, ele a amava, bem "forever”.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

"Era uma vez".

Outro dia desses, passou na TV “Era uma vez”. Um filme nacional que mostra as diferenças sociais da sociedade. E que tem como o plano de fundo, o amor de dois jovens de poderes aquisitivo distintos. Confesso que não esperava nada mais que um Romeu e Julieta, mas foi além. E aproveito o engate do filme para falar do outro. 

Da delicadeza de olhar para o outro e vê-lo além das roupas e pertences. Ver a essência. Ter a sutileza de olhar para o outro e enxergar o mais difícil: enxergar um ser humano que comete erros, que tem defeitos e virtudes. E algumas cicatrizes saradas pelo tempo.
Ter a pureza de enxergar o ser humano com alegria e dor suficientes. Abrir a mente para o novo. Porque o que importa não é onde se está, e sim, com quem se está. Precisamos ser cada vez mais, humanos na prática. No dia a dia. O famoso “olho no olho”.

Aproveitemos desta crônica para colocarmos na lista de promessas para 2012 ao lado de  “ preciso emagrecer”, “ ano de achar o amor da minha vida” e  “ vou parar com esse vício”, entre tantas outras... Colocaremos: “olhar o próximo como ser humano tal qual ele é”.
Quer dizer... Nessa lista a gente quase nunca cumpre o que escreve. Essa melhor guardar no coração.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Noite de terça.

– O que você vai fazer amanhã quando acordar ? – murmurou olhando para o teto.
– Bem, não sei. Depende. Porque você está perguntando isso ? – disse ele prevendo a resposta. 
– É que minha vontade é de ficar com você aqui para sempre. Importa-se se a gente ficar só abraçadinho ? – disse ela com um sorriso leve como a brisa, colocando o cotovelo na cama e a mão na cabeça.                                             
– Claro que não – sorriu ele, colocando a cabeça dela sobre seu peito.                                                                                                                                                 
– Abraçadinho... Que horror. Eu não acredito que eu falei abraçadinho!                                                       
– Melhor do que agarradinho juntinho ou sei lá o que – disse ele rindo sem direção.    
                        

Quando ele a percebeu estava dormindo. A verdade mesmo era que ele não gostava de dormir abraçadinho. Dava cãibras. Mas era ela pedindo. Ela dormiu com um sorriso leve no rosto, e com suas vírgulas em cada lado da bochecha. “Sorriso entre parênteses, só eu sou capaz de lê-lo, dizia ele”. A beleza dela era tão dela que parecia que ele a conhecia há anos. De qualquer outra cidade ou planeta, mas esse rosto não lhe era estranho. Mas a verdade, em meio a tantas outras verdades inacabadas, um pouco sujas e surrealistas, era a que ele a amava. Não sabia o porquê disso nem como.  Mas ele a amava. E pela respiração dela sabia, ela o amava também.            

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Outro lado da maçã.

Certa vez, a mesma pessoa especialíssima do outro texto, que andou querendo sair do meu rebanho, disse-me que eu só vejo o lado bom da maçã. Só o lado em que a tristeza, angustia e dor não têm vez, e onde o amor é o ator principal. Porque a vida é um sopro. Perder tempo com melancolias –pensava - era besteira.
Mas a vida engraçada como é, mostrou que a tristeza, angustia e dor são necessários, acredita? E sabe o que tem no outro lado da maça? O “eu” que a gente tem medo de encontrar, coração. Porque a tristeza tem dessas coisas, de nos mostrar quem somos sem máscaras ou brilhos falsos. Mostrar a carne viva. Escancarar os defeitos, medos, carências e fragilidades. E temos tanto receio de descobrirmos, que na verdade, somos tão fracos quanto um castelo de cartas, embora a maioria de nós faça questão de mostrar que aí, ó... É de pedra. Questão de esconder os medos e fragilidades. E essas mesmas pessoas fazem questão de espantar a tristeza. Elas têm medo de si próprias, coração. Porque não sabe quem são, por isso, tem medo de descobrirem que na verdade, elas não são nada daquilo que pensaram ser. E quanto a isso, faz-se necessário descobrir novos hábitos, reler e criar novas verdades. Não cabe reconstruir duas vidas numa só existência.  

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Diamante.

Bem, certa vez, uma pessoa especialíssima me disse, que quando a gente encontra alguém que nos toca lá no fundo, onde ninguém mais foi capaz de tocar, e provavelmente não será, encontramos o tão esperado diamante de nossas vidas. E em meio a tanto limo e pedras no poço, no fundo do fundo do poço, a gente encontra alguém. E o irônico nessa história, é que o diamante que encontramos no poço, muitas vezes, não é dos maiores e nem nos atrai tanto fisicamente. O problema, dentre tantos outros, é que esse diamante nos encanta. Ficamos deslumbrados da beleza que ele tem. O brilho que só nós somos capazes de enxergar. A textura, a cor, a delicadeza. No fundo do fundo do poço, depois que tiramos o limo, e peneiramos as pedras... Encontramos o nosso diamante. Porque é no fundo do fundo do poço, que descobrimos as coisas mais maravilhosas de nossas vidas. Quando encontrá-lo, parabéns. Você encontrou o amor da sua vida.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Correspondido.

E tem coisa melhor quando essa coisa, o amor, é recíproca? Quando os olhares dizem a mesma coisa, quando nos abraços sentimos o coração bater ao mesmo tempo. A mil. Tem coisa melhor quando os desejos são os mesmos, o momento certo para ambos, as expectativas melhores possíveis e alegria de estar junto ser melhor que tudo ? Quando o sorriso é farto e a conversa é boa. Quando as brigas são por coisas engraçadas e que sempre terminam em beijo. Quando a saudade tem nome, telefone e endereço fixo. Quando sentimos o cheiro do outro sem nem ao menos o outro estar ali.  Quando não existe medo do futuro porque o sorriso dela é tão mais lindo. Quando as músicas passam a ter sentido, e os finais de semanas nunca mais são os mesmos. E nem os textos lidos, nem as noites dormidas... Ou mal-dormidas. Enfim, nada depois que você apareceu foi à mesma coisa. Porque além de mim, agora eu passo a levar você também. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Melhor amigo.

‎ Hoje eu percebo. É que você todo esse tempo parecia meu amigo. Só, tão e somente, meu amigo. Meu melhor amigo. Você fala como um amigo, olha como amigo, telefona como um amigo, e o seu abraço... É de amigo (as mãos nunca chegam, em momento algum, na cintura). O seu beijo, sempre na testa... De amigo.  Seus conselhos, carinhos, olhares, enfim. Eu  devia ter desconfiado, seu cheiro é cheiro de namorado, sua preocupação é de namorado, o seu “te cuida” é um “eu te amo” com vergonha de ser dito. Nossas conversas nos e-mails hoje as relendo, nunca foram de simples e bons amigos.
E sabe o que eu aprendi? Existe sempre alguma coisa de errado numa amizade, quando só nós dois somos os são legais, enquanto o resto do mundo não presta. E eu só fui perceber isso, quando estava apaixonada por você.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ela era diferente.

Ela era assim mesmo, dessas garotas bem tortas. E gostava de ser assim, diferente. Ela provocava risos, e tinha aquela coisa de sorriso entre parênteses.  Sabia usar a ironia como poucos, e sempre estava disposta a ajudar. Ela era de sorriso fácil, e sempre que sorria, fazia-o com os lábios e também com os olhos. Ela conservava seus amigos, que não eram muitos, mas eram os melhores. Como eu disse, ela era torta, errada, mas era sem artifícios, enfeites ou brilhos falsos. Cheia de imperfeições incorrigíveis, ela gostava de sentir e ser por completo. Tinha um quê de mulher brasileira. Não bebia nem fumava. Ela tinha brilho e amor próprio. E ela gostava de ser assim, torta. E o melhor de tudo, eu a amava por isso.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"O problema é que eu te amo!".

Eu tinha e tenho motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, tem um quê de comercial de cuecas e um charme de comercial de perfume. Seu sorriso abre milhões de caminhos para a tal felicidade plena. Sabe conversar e tratar bem uma mulher. É carinhoso e romântico ao ponto. Inteligente. Abre a porta to carro e é bom de cama. Tem a péssima mania de dizer coisas que mexem comigo, coisas essas que ninguém mais diz. 
Eu tenho milhares de motivos para te amar e te querer na minha cama por uma relação amorosa inesquecível. Mas, porque, e isso eu me pergunto todos os dias. Porque fui gostar logo do que vem de dentro e te querer pelo resto da vida?

 “O problema é que eu te amo!” Cássia Eller. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Simples e terno.

Você deve estar se perguntando: “quem é o idiota que manda carta em pleno século XXI?”. Pois bem, sou eu o idiota. E aposto que você pensará “tinha que ser”. Resolvi mandar-te está carta ao invés de e-mail porque a carta é escrita. E a escrita tem o costume, muitas vezes doloroso, de deixar marcas enquanto suas letras passam pelos olhos. Saiba que a intenção não é essa. É que a frase é meio bonita, e achei ótima pra começar o novo livro que estou escrevendo. Um romance, claro. Mas hoje, deixei o livro de lado e estou me dedicando, tão e somente, a você. A mandar-te está carta. Eu sei que você não esperava uma carta minha, sei também que você deve estar com saudade. Saiba que também estou, com muita! A propósito, estou na França. Aqui é ótimo para escrever. Estou numa cidadezinha pequena e muito simples, e neste exato momento estou num campo enorme olhando o pôr-do-sol e pensando em você. Lembro-me - e isso me faz dar boas gargalhadas - quando você me disse que ao invés de  ter me conquistado pela boca, eu te conquistei pela escrita. Aquela tarde foi ótima, e hoje, fazem exatos cinco meses desse nosso “último encontro”, se é possível ser chamado assim. Mas o fato, que o que vem na cabeça é que, entre tudo que você poderia ser pra mim, você escolheu ser o amor da minha vida. Assim, meio simples e terno. Talvez seja o tipo de coisa que só aconteça uma vez na vida, e a gente, de alguma forma, não pode deixar isso passar. Porque se deixarmos, nem eu nem você, seremos completos.  Não sei ao certo o momento dessa escolha (de querer a outra pessoa pelo resto da vida) se é que teve realmente, um momento isolado. Penso que essas coisas, meio mágicas de amor, acontecem gradativamente, sabe. Um passo de cada vez. E quando nos damos conta... Você está se imaginando em Paris com a outra pessoa (risos).
Porque de tantas outras opções na estante. Você escolheu ser o amor da minha vida. Assim, meio simples e terno. E quer saber de uma coisa... acho que “escolhi” ser o seu. Assim, meio simples e terno.