quarta-feira, 25 de abril de 2012

Medo de amar.


Medo do escuro, medo de cair e se machucar, medo de não dar certo na profissão, medo de o amanhã não chegar, medo de ter medo...

Ter medo é tão normal quanto gostar de chocolate-quente numa terça-feira chuvosa. Mas o medo que dá mais medo é o medo de amar.  Aquele que nos faz perder horas de sono e dias a fio pensando no que fazer, que nos faz ficar dispersos no trabalho e pensar que as músicas foram escritas para nós.

Medo de amar porque rimar amor com dor é tão clichê quanto inevitável e nem todo mundo está disposto a sofrer por amor. (Aliás, ninguém está. Acontece apesar de nós.) Medo de cair no desconhecido, cair de cabeça naquele secreto tesouro que é o sorriso dele ou de lutar até transpor a última barreira e desvendar os segredos dos olhos dela. Não é porque ele foi um canalha com você que todos serão ou que ela foi desonesta com seus sentimos que as outras farão a mesma coisa.

Você tem medo do errado, mas nunca viveu o certo. Porque amar é isso: um abismo. E amor, uma rede de anjos ampara a nossa queda. Para o dia de amanhã, bem... A peleja é longa e no final das contas é só você contra você mesmo. Todo mundo precisa de um copiloto. Jobim dizia: “É impossível ser feliz sozinho”. É isso

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não adianta.

A gente pode brigar. Você não atender minhas ligações e não responder minhas mensagens. Pode ignorar-me na rua, no trabalho, no clube ou no restaurante. Pode fazer propaganda de mim dizendo que sou o pior homem do mundo. Pode reclamar das minhas manias, jeitos e trejeitos. Pode não ler mais meus textos, se quiser.  Diga então, que não me ama mais e que esqueceu todos os momentos em que passamos juntos. Pode dizer, aliás, que tudo que aconteceu foi nada além que: “coisas de momento”.

Pode excluir meu número da sua agenda telefônica e apagar meu e-mail da sua caixa de mensagens. Pode tirar minhas fotos do seu mural de amigos. Pode recusar todas as minhas iniciativas de aproximação. Pode me chamar do nome que quiser; como se isso pudesse adiantar.

Por fim, pode fazer o que quiser para me esquecer. Porém bastam meus olhos repousados sobre os seus, para que todo o nosso amor venha à tona. Para o que tudo que, de alguma forma, tentamos esquecer... Vir à tona. E nos mostrar que é realmente o caminho. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

X e Y da questão.


Um homem não conquista uma mulher somente na cama, caso contrário, os atores pornôs não teriam problemas quanto a vocês – mulheres. A cama é um fator importante, mas não é o X nem o Y da questão.  Faz-se necessário mais que músculos e virilidade ímpar. Mas que cavalheirismo e flores em terças-feiras. E não vale usar de bens matérias (será?) como carro do ano e roupa da moda.

Faz-se necessário ser muito homem. É preciso moral para ter mulher. Só tem mulher quem pode. 

É preciso ter um coração do tamanho do mundo, um sorriso que ela goste e um abraço acolhedor. Uma vontade de cuidar e de ser... Ser muitas vezes mais dela que seu. Um olhar sincero e, pós-graduação em senso de humor. Ser amigo das amigas dela é importante, da família então nem se fala. Conquiste o pai dela que é meio caminho andado.  Não tente mandar na relação, mulher gosta de achar (achar?) que manda. É melhor obedecer... Vai por mim, você ganha mais. Luis Fernando Veríssimo disse: “Não faça sombra sobre ela [...] Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda”.

Mulher merece respeito e importância ímpar. Creio que atenção e carinho não seja preciso nem citar! Para conquistá-la é preciso mais do que dizer “eu te amo”. Na verdade, para saber qual é o X e o Y da questão é necessário, acima de tudo: viver. Isso. VIVER. Com todas as letras e de preferência em CAPS LOCK.

O essencial nós desconhecemos. Daí a graça da conquista. Daí a graça do amor.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quem nos escreveu.

Quem nos escreveu, escreveu quando não suspeitávamos de nada. Escreveu quando éramos simples mortais atrás da felicidade, tentando, de alguma forma, ser feliz. Escreveu no nosso dia a dia, por entre nossas falas e olhares. Escreveu já sabendo qual seria o final e como se desenvolveria a trama.

Quem nos escreveu, escreveu pensando numa história óbvia vista de longe e sem sentido vista de perto. Quem nos escreveu teve a certeza do que estava escrevendo em cada linha. Palavra por palavra, acento por acento, vírgula por vírgula.

Quem nos escreveu, escreveu tentando contar uma história feliz. Como se estivesse querendo dizer: “Ó, ta vendo aqui? O “para sempre” existe”.
Quem nos escreveu, ainda continua escrevendo. Linha por linha, palavra por palavra. Procurando um final feliz, pra mim e pra você. Juntos ou não. Porque, afinal, nunca se sabe qual será o próximo capitulo. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tarde mais, cedo demais.

Medo de um dia acordar e sentir que acabou. Sentir que o sorriso já não encanta como antes e nem os olhares envolvem mais. Acabou o amor, o sonho e o desejo. Acabou a vontade de estar junto e sentir junto. Medo de dizer que acabou porque nada é para sempre.


Medo de não ter mãos para tocar, lábios para beijar e sorrisos para admirar. Medo de ter acabado por falta e ou por excesso de amor – porque nunca se sabe o porquê que se acaba, então, nos conformamos com: “tudo tem um fim”.


Medo de ter regado o jardim sozinho e perceber isso tarde demais. Medo, na verdade, de ser tarde demais... Ou cedo demais.
Tarde para pedir que fique ou cedo para pedir que ande sua parte do caminho. Tarde para dizer tudo o que não foi dito ou cedo para dizer aquilo que ainda resta ser dito.


Tarde demais... Cedo demais... Você sabe, eu te amava... Ou amo.