quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DE LONGE.

Me convenci de que, entrar no budismo e, virar budista, seria, irrevogavelmente, a melhor forma de te esquecer, aliás, seu casamento foi lindo viu? Quando a vi saindo do carro, lembrei que sempre depois de nossas transas, deitávamos na cama, e imaginávamos, imaginávamos, felicidade sem compromisso, amor sem compromisso, que, no entanto, nos compromissava todo dia. Difícil ?
Não o amor nosso. Enfim, lá no budismo, o monge me perguntou, o porquê do budismo, não soube responder detalhadamente o porquê disso ou daquilo que ele insistia em me perguntar, sempre me olhando nos olhos, e que, talvez, por mais que disfarçasse, sabia que o motivo era você. Passamos a maior parte do tempo meditando, mas quando não conseguimos, ficamos dispersos e tal... Jogamos carta. Para esquecer o resto e meditar.
Não consigo fazer outra coisa se não jogar carta. Você ainda vive em mim, e o monge está começando a perceber algo errado em mim. Jogo carta o dia todo. Não sei até onde vai o budismo, talvez desista no meio do caminho e volte a olha-lá de longe, dói ? De longe.
Mas acho que de agora em diante, será sempre assim.

Matheus Paulo Melgaço.

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