terça-feira, 24 de maio de 2011

VENHA.

Apanhe os pós, os bules. Para se fazer um novo chá, é preciso comprar uma nova xícara. Compre, e então, venha. Mas venha com o coração, com o amor. Porque quando acaba o amor, só resta a loucura. Apanhe suas toalhas ainda que molhadas no varal, pegue seus beijos, seus abraços, seus carinhos... Apanhe sua escova de dente e, de preferência, ponha no meu banheiro, do lado da minha. Traga seus livros ingleses, seus travesseiros e lençóis escoceses, seus perfumes franceses. Estou com saudade. De nós. Saudade quando você depois de um banho quente, fazia um coração no espelho. Saudade de como você deitava ao meu lado e, botava sua cabeça no meu peito. Saudade de quando você era a primeira a ler meus versos. Ora, ve se pode. Acredita que todo mundo torce para gente voltar, a gente! Estou me sentindo até o mocinho da novela das seis. Como vai ser minha Asçucena?!



Jogue fora a cópia da chave da casa dele, eu te dou a minha, de novo. Estou te esperando de portas e janelas abertas. Apanhe, por fim, todos os pedaços que você perdeu nessas andanças e venha. Eu estou aqui, e sempre estive aqui.



Matheus Paulo Melgaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário