Eu senti a sua falta. Senti por você ser em todos os
momentos o meu porto seguro. Ser aquela pessoa na qual a gente pode ligar
quatro horas da manha e falar “não ta nada bem, vem aqui me ver”. Por ser
aquela que a gente confia e a única na qual (sabemos) nunca irei esquecer. Mas
não confunda isso com dependência, como disse Mario, o Quintana para você ser
feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar não precisar dela. E era
exatamente isso que acontecia.
Eu senti falta dos abraços quentinhos, do seu cheiro entre o
pescoço e o ombro. Do seu sorriso que abria caminhos e dos beijos lentos e
demorados, de alguém do outro lado da cama e de pés juntos ao meu. Falta da presença, porque até o seu silencio
olhando para mim é bonito.
Mas a melhor coisa que eu pude fazer foi entrar noutra, e não
deu certo. Nem um pouquinho. O beijo era bom, o abraço bom, as conversas eram
boas. Mas nada era igual a sua mordida seguida de um olhar que diz: “eu te amo”.
Ela era linda com aqueles olhos azuis angelicais. Mas tinha um grande defeito:
não era você. Então, parei de procurar-te em todas as mulheres e percebi que não
adiantava, meu coração pertencia ao seu.
Portanto, resolvi ficar quietinho. Olhar para dentro e
esperar. Esperar talvez uma atitude sua ou uma coragem minha de seguir em
frente sem olhar para trás e nem para os lados... Sem olhar para você. Mas
enquanto essa coragem não vem ou você não toma uma atitude, permito-me ficar
aqui.
Dessa forma, ninguém me acha, a não ser quem realmente
estiver me procurando, então, terei certeza que será essa pessoa. Difícil será se
essa tal pessoa não for você.
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