sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ela era diferente.

Ela era assim mesmo, dessas garotas bem tortas. E gostava de ser assim, diferente. Ela provocava risos, e tinha aquela coisa de sorriso entre parênteses.  Sabia usar a ironia como poucos, e sempre estava disposta a ajudar. Ela era de sorriso fácil, e sempre que sorria, fazia-o com os lábios e também com os olhos. Ela conservava seus amigos, que não eram muitos, mas eram os melhores. Como eu disse, ela era torta, errada, mas era sem artifícios, enfeites ou brilhos falsos. Cheia de imperfeições incorrigíveis, ela gostava de sentir e ser por completo. Tinha um quê de mulher brasileira. Não bebia nem fumava. Ela tinha brilho e amor próprio. E ela gostava de ser assim, torta. E o melhor de tudo, eu a amava por isso.

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