terça-feira, 26 de abril de 2011

É BREGA!

Hoje, o amor é algo que todos sentem vergonha, algo retrô, passado, ou se preferir, demodê. “Você gosta de alguém?”, “eu? Claro que não! Quem fica grudado é chiclete”. Jogamos no lixo a parte do relacionamento mais bonita, que é, simplesmente, dormir em conchinha depois daquele filme romântico com pipoca na sala. Fazer juras de amor eternas e não cumprir, porque cá entre nós, essa que é a graça: não comprir. Ficar deitados na cama num domingo chuvoso, fazendo planos para o futuro e logo depois dormir e, não necessariamente, fazer sexo. Rir de defeitos, exaltar qualidades, brigar pra logo em seguida fazerem as pazes com beijo, relembrar o primeiro beijo... Enfim, preferimos, sem questionar ou hesitar, relacionamentos superfíciais, sexos sem compromissos, pessoas entram e saem sozinhas nas baladas, nos contentamos com o prazer da cama e o que ele nos oferece. E queremos na cama, mulheres com silicones em todas as partes do corpo, com perfomaces profissionais que satisfazem, claro, mas e depois disso? Queremos homems que passam dias na academia, com músculos que, aparentam certa beleza que, na verdade, é surreal. Com isso tornamos pessoas sozinhas, infelizes e desiludidas, com medo de amar, com medo de ter alguuém, e pior, vergonha de ter alguém sério. Homems e mulheres, o amor é mais que músculos definidos e silicones na bunda, o amor transcende a beleza exterior, se não as funkeiras e os homems da G Magazine amariam mais que tudo! Ele transcende sobretudo, qualquer tipo de definição possível e imaginável. É algo maior, envoca dentro de nós saúde plena como dizia Vinicius de Moraes. Pense! Sexo é bom, fazer sexo sem compromisso melhor ainda. Mas pense em quem você ligará numa terça-feira chata para dizer um “eu te amo meu amor” sincero.


Matheus Melgaço

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