segunda-feira, 12 de julho de 2010

UM DIA COMO OUTRO QUALQUER.


Um dia eu estava andando pela praça e vi um mendigo sentado no banco, sujo, cabisbaixo segurando um cachorro que tinha uns olhares perdidos, tristes. Sempre que passava alguém o mendigo fazia um gesto simples, estendia a mão e esperava receber em troca, uns trocados, talvez para comprar um cafézinho no bar, talvez para guardar esperando ter o suficiente para comprar um joelho na lanchonete. A cada mão estendida do mendigo, era como se ele soubesse que ninguém lhe daria nada, mas mesmo assim ele estendia a mão como num gesto de esperança. Certo dia ele conseguira o dinheiro que lhe restava para compra o tal joelho. Comprou. Sentado no banco da praça e comendo o joelho como se fosse a primeira refeição da vida, o cachorro entre olhou e como num sinal de amor e carinho o mendigo, dividiu o pedaço do joelho com o cachorro. O cachorro fizera o mesmo que o mendigo comeu aquele pedaço como se fosse a primeira refeição. Naquela hora o mendigo estava sendo feliz, por com partilhar aquele momento com seu cachorro. Você deve pensar: -Como um mendigo sendo feliz? Feliz por com partilhar a única comida que lhe restava naquele momento? É... feliz. Feliz porque ele com partilhava a sua comida com seu amigo, seu melhor amigo. E não se deve deixar um amigo na mão. Enquanto isso andava um homem de terno, serio, parecia ter dinheiro, muito dinheiro. Ele andava e seus passos pareciam que faziam o chão tremer, não dava um sorriso. Como pode? O mendigo que não tinha nem um par de sapatos ficara feliz por fazer seu amigo, o cachorro feliz. Mas o homem rico não era feliz com a sua riqueza, talvez porque lhe faltara alguma coisa, o homem de terno sabia que não era feliz, mesmo tendo tudo que ele sempre quis: Casa, roupas novas, carro do ano. Mas o mendigo tinha uma coisa que superava todas essas que o homem de terno tinha. O mendigo tinha: Amor... (Matheus P. Melgaço)

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