sábado, 10 de julho de 2010

UM DIA VAI CHEGAR A SUA VEZ !


Uma cama mal arrumada, um computador ligado, você sai de manhã e não volta mais. Deixa seus pertences em casa. As coisas que você queria que ninguém tocasse... tocarão. De fato, a morte te submete a coisas inexplicáveis. Talvez você saia e morra na próxima esquina de bala perdida que um marginal atirou na madrugada passada. Talvez você nem saia de casa, morra envenenado com um remédio que seu próprio filho botou no seu suco, só para ficar com a herança...
Não se pode confiar em ninguém. Talvez você morra num domingo no Maracanã, numa final de campeonato, numa briga de torcida, uma paulada na cabeça logo no jogo do seu time do coração. Logo o lugar que você era pra ser feliz, a morte te surpreende de novo e lhe da uma rasteira. Não digo que a morte seja ruim, que seja um fardo em nossas vidas. Se você tem seus oitenta anos morrer vai ser algo condicional, ocorre com o tempo, algo natural, mas se você tem seus vinte, trinta anos, morrer passa ser irônico passa a ser um exagero, passa a ser uma piada (que não tem graça). Você acabou de passar no vestibular que você desejou sua vida toda, para morrer numa segunda-feira só porque um pivete gostou de seu relógio.
Quando você morre novo você deixa de lado seus sonhos, suas aspirações, sua namorada, sua família, deixa para trás o dinheiro que você juntou com tanto esforço para comprar seu primeiro carro, deixa de lado o sonho do seu primeiro casamento, do seu primeiro trabalho. Todas as primeiras vezes que os vinte anos podem proporcionar a uma pessoa vão pro ralo. A morte não espera você viver para lhe tomar o que há de mais precioso em você, à vida. (Matheus P. Melgaço)

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