segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DEU ERRADO.

Acordei hoje sem querer acordar, escovei meus dentes, comi uma banana, tomei banho, e sai. Não necessariamente nessa ordem. Fui para rua ver gente, sabe, ver rostos, ver sofridões, trabalhadores, ver a vida vivida, queria ver o que todo mundo ve e eu tenho medo: a vida. Nossa, quanto tempo que eu não saia de casa, e parece incrível respirar quando já não se acredita em mais nada, dormi um dia inteiro, e chorei cinco horas, auto-estima ta baixa: problemas. Daí eu decidi sair, aliviar um pouco esse coraçãozinho aqui dentro, andei devagar por quatro quarteirões, fui pela sombra, o sol estava forte, e eu, desacostumado com a luz do dia, preferi não arriscar. Enquanto andava lembrava versos do poeta “ Tristeza não tem fim felicidade sim ”, quando dobrei a ultima esquina, te avistei de longe, cheguei perto, meus Deus, como você ta mudada, mais magra, seios fartos, um sorriso bonito, parece que o sol está te fazendo bem, parecia com pressa, andava na rua a longos passos, pensei em falar com você, mas tive vergonha, estou jogado, irreconhecivel pra você que se apaixonou pelo meu sorriso, não vai me reconhecer, e, depois que fui te ver novamente, você tinha sumido em meio a centenas de gente, num indo e vindo infinito. Meus olhos se perderam de você, e relembrei o que era pra esquecer: você. Voltei para casa, depressivo, em cacos, não falei mais nada, fiquei mudo... Por fim, peço-lhe que perdoem esse silêncio, o sono, a rispidez, a solidão. Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. “É muito difícil escrever quando não se sabe o porquê de se escrever, quando não se tem mais o amor da sua vida”
Matheus Paulo Melgaço

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