sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

POR-DO-SOL.

Sentado no jardim de casa, com uma garrafa de whisky de um lado, e um papel e uma caneta do outro, de longe, avistava o por-do-sol. Eu sempre escrevo bebendo no jardim, mas hoje não consegui escrever, só fiquei bebendo, olhando o por-do-sol, e pensando em você. Pensei nas coisas que na época me faziam ou me fazem bem, não sei ainda. E como eu tenho um ódio quando não consigo responder as minhas próprias perguntas. O por-do-sol forte, maravilhoso. E eu aqui, ipotente, sem nem sequer saber se ainda gosto ou não de você. Como esquecer algo que, supostamente, não sei o que sinto.
Uma escolha e batida de martelo, pronto. Voltar atrás não dá, se arrepender é um sentimento inválido, pois, ele não faz você voltar no tempo, só faz sofrer.
Amigo, todos os dias, quando me bate uma saudade de você, bebo um único copo de whisky com três pedras de gelo, na minha casa de Búzios, cujo sou contemplado por uma bela paisagem da qual é acompanhada de uma bela musica italiana. Esses momentos que me fazem esquecer de você, momentaneamente, eu sei disso. Como eu odeio essas minhas recaídas, despropositais, como eu odeio essa merda de vida que só se faz escrever escrever escrever, escritas essas que por caminhos tortos, ou não. Me levam sempre a você.
Vou todos os dias ver o por-do-sol, acho que por ser tão extraordinário, ele consegue por incrível que pareça, tornar alguém tão fraco e hipócrita como eu, extraordinário também.

Matheus Paulo Melgaço

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