segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DÓI SABER...

Dói constatar que as risadas e os abraços, enfim, ficaram para trás. Dói saber que dos amores que provei, nenhunzinho, conseguiu me fazer borbulhar o estômago como o teu fez. Só de ouvir a sua voz me tremia a base, e só o teu afago, enlouquecia meus neurônios. Nenhuma outra me surpreendia, e nem fazia aquelas carinhas fofas que você sabe fazer. Você me desarmava sem nem sequer abrir a boca. Bastavam seus olhos repousando suavemente sobre os meus, para que eu perdesse a noção do tempo. Bastavam cinco minutos de conversa boba para que eu me envolvesse e achasse que não existia coisa melhor. Dói olhar para dentro de mim e ver o tanto que você levou, pegou tudo que cabia no teu bolso, todos os bons sentimentos: foi tudo contigo. Dói lembrar das mordidas inesperadas, e mais ainda: não ter ficado nenhuma marquinha de lembrança, dói lembrar do seu perfume e não saber onde encontrar. Dói mais atardinha, depois que o sol se põe, eu sempre lembro de você. Hoje, eu vasculho todos os cantos do coração tentando expulsar tudo o que tenha ficado seu por aqui, por sobrevivência mesmo, compreende? Recolher os cacos do coração espalhados pelos lugares que passei pensando em você, recolher as lágrimas, sentimentos, tudo. Jogar no esquecimento. Contudo, sempre que faço isso eles voltam, acho que lá no fundo eu não gostaria de esquecer, e sei que, por isso, fica esse nó na garganta, que não atam e nem desatam. Esse sentimento de perda do peito que ninguém arranca. Sinto tanto a tua falta que por vezes ligo o celular e vejo seu número, dentre tantos outros números, mas nenhum me toca como seu. E olho como se assim você pudesse sentir inconscientemente que penso em você com carinho. De maneira telepática talvez, sentir o peito arder de saudade junto com o meu.
Mas depois de escrever esse texto apagarei tudo o que for seu do celular, dos e-mails, do computador, tudo. Para só ficar essa angústia no coração que não vai embora nunca. O sentimento enorme por ti esmaga o peito, tira o ar, e o pouco de sanidade que ainda me resta. Sinto tua falta. Quase sempre me dá uma vontade irremediável de te ligar e confessar: "Olha, cara, eu era muito feliz quando você estava aqui, da pra voltar ? Tô achando que a minha felicidade foi com você”. Sobretudo o que eu queria é que você entendesse como está difícil viver sem você aqui, do meu lado, me apoiando e dando força. Tá difícil encarar o dia sabendo que não terá a sua risada escancarada, o seu cafuné, que não existimos mais nós e sim eu. Está sendo meio duro aprender a continuar a te ver, sem te desejar tanto. E pra falar a verdade, eu queria que você sentisse minha falta também, como se você sentindo minha falta, e o tempo passando, eu acalmaria tudo aqui dentro, falando “calma o amor não é para o seu bico”, mas sei que, não é possivel, por isso , termino por aqui, para não me machucar tanto, e não te espantar mais ainda, é, termino por aqui. Vou ali e já volto. Pronto.

Matheus Paulo Melgaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário