segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

NUA E CRUA.

Depois de tanto tempo, hoje eu decidi ouvir, em meio a tantas músicas, “eu preciso dizer que te amo” do Cazuza, com aquela voz linda da Bebel. E que pela primeira vez, eu não senti nada, e nem pensei em ninguém, como eu achei esquisito, e ao mesmo tempo aliviador. Ainda mais quando é preciso esquecer de alguém.
Depois que eu acabei de ouvir a música, olhando para o nada, me veio tudo que aconteceu entre nós dois virou, tão passado, tão coisa de colégio, tão vazio, tão nada, tão coisa de juvenilialidade se é que existe essa palavra... Você não sabe como é bom me ver livre de você, me ver livre de você nos meus pensamentos sobretudo nos meus textos, e desejos afetivos amorosos. Não me leve a mal, e não fique com raiva de mim, até que você é uma ótima pessoa de se lidar, mas gostar de você, estar apaixonado por ti um dia, foi à grande perda de tempo da minha vida. A parte mais engraçada disso tudo é me arrumar pra te ver, falar coisas que te atiçam, te deixam intrigada... Afinal, o que se há de fazer, sempre restam àqueles desejos corporais... Mas eu falo por pura diversão, entreterimento eu diria, sem qualquer tipo de sofrimento e de expectativas imbecis de como eu poderei beija-lá, enfim, de tudo que poderia acontecer, que eu inevitavelmente criava.
Hoje, com a minha grande humildade, que não largarei nunca, sento minha bunda na calçada em frente do meu prédio de chinelo e bermudão só pra pensar; e pensar: ‘que se foda', porque ninguém mais pensa por mim, e meu coração já não bate rápido por ninguém. Na minha concepção é melhor assim, em forma de texto claro, frio e direto, do que em pensamento proibido, que me castiga. Pronto, ta tudo no papel. Melhor no passado engraçado do que me atormentando por mais tempo no presente-futuro. E hoje, depois de tanto tempo, eu definitivamente sei, eu não sinto nada por você - porque finalmente não há mais nada para ser sentido.
Matheus Paulo Melgaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário