segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O QUE FICOU.

Eu tenho que confessar tanta, mais tanta coisa, que em meio a essas coisas, nasce um só sentimento: o da saudade.
Minha rotina é a mesma desde que você se foi, o que eu sinto falta é de outro corpo ao meu lado, na cama. Saiba que jamais nenhuma outra mulher deitou-se comigo à não ser você.
E sabe o porquê ? É o sentimentalismo sobre uma acomodação medrosa de encontrar alguém que acabe com esse vazio, que preencha esse espaço que você deixou. Depois que você se foi, eu só tive relacionamentos rápidos; instantâneos. E você sabe que eu odeio isso. Odeio essa coisa de estar e não estar com alguém. Se alguém te pergunta se ainda está com ele, você diz que não sabe por que às vezes vocês ficam, às vezes vocês não ficam... E o que sobra? Ah, sobra um cheiro de inconstância amadurecida pairando pelo ar.
E eram exatamente assim meus relacionamentos depois de você; não só meus, de todo mundo. Eu acho péssimo você encontrar uma pessoa cujo você teve extremos momentos de intimidade e falar só: Oi, tudo bem? Dois beijinhos e pronto.
Depois que eu me apaixonei por você, além de ter ganhado uma vasta experiência em relacionamentos amorosos, o que na pratica não serve de nada, eu pude ter mais compaixão: comigo, consigo; com todos nós.
Talvez eu jamais tenha de volta seu cheiro, o seu beijo no canto da boca ou a sua mão passando pela minha barba. Mas que pelo menos eu tenha a sua amizade, a mais simples e verdadeira possível, que muito embora não seja o suficiente para mim que, um dia muito te amou, possam ser suficientes para nós dois que nos amamos.
Matheus Paulo Melgaço

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