domingo, 27 de novembro de 2011

Careta.

Em frente ao computador, estava vendo declarações de amor que muito me agradaram. Eram homens pedindo sua mulher em casamento de uma forma bastante criativa. O problema, pelo menos o inicial, porque têm outros é que, os vídeos eram de cinco, seis, dez anos atrás. E cadê as declarações de amor de hoje em pleno Facebook? No meio da praça ou do cinema?


Recuso-me acreditar que, falar em coração tenha se tornado algo antigo, démodé, careta. Não me diga que você acha que sentir é careta?  Lembro-me daquela fase no qual todos passaram em que temos vergonha de falar para o “amiguinho” que estamos gostando dele... Assim, de um jeito diferente. Ai tudo bem, vá lá, temos dez, onze anos... E achamos até bonitinho quando nos lembramos disso.  Agora você com quinze dezesseis... Vinte anos! Com medo de falar que ama?  


Careta, vergonhoso e deprimente é não amar. Careta é preferir dez ao invés de uma. Careta é ter vergonha de olhar olho no olho e dizer que ama.
Em pleno século XXI, está faltando homem que não ache careta chorar, dizer que é sensível. Humano. Está faltando homem que não tenha vergonha de se apaixonar, e que tenha coragem de falar para os amigos “eu prefiro a minha mulher”. Aliás, está faltando homem que diga esse pronome possessivo que, no caso, não tem nada de posse. Como também, falta mulher que exercite o cérebro ao invés da bunda. Que gaste dinheiro com presentes (ou sei lá o que) ao invés de enriquecer cirurgiões plásticos. E como diria Tati Bernardi, falta mulher que mereça que seu garoto vire homem.
Se amar é careta então por favor, nos tornaremos velhos apaixonados.

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