sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não é tudo.


E quando você encontra “o amor da sua vida”... infinitas reticências. É lindo. Você e ele combinam e formam o casal (com O maiúsculo). Vocês têm uma harmonia que é entendida pelos olhos. O Sol sorri pra vocês! Porém, no entanto e, sobretudo. Ter alguém não resolve tudo, não é garantia de felicidade plena. Encontrar o amor da vida não é garantia de 100% feliz.

Você pensará: “O que há de melhor do que o beijo dele? O que há de melhor do que está ali, com ele. Conversando, cuidando, rindo... Sim, eu sou 100% feliz com ele!”

Você tem razão, nada melhor do que ter alguém ao lado na mesma sintonia. Mas existe a dura e cruel rotina. A pasta de dente na pia, a toalha em cima da cama, a Gillette no banheiro.  A convivência (arrepiei). Ela é f* (desculpa). Ele pode ser gentil e educado, mas em casa não move um palha pra deixar a casa limpa. Ela pode ser limpinha... Mas não lava uma panela! Conviver com o outro é difícil, mesmo sendo o amor da sua vida. É outro mundo, outro pensamento, outra visão... Vocês podem até ser feijão com arroz e tudo que eu disse até agora não servir de nada. Porém, no entanto e, sobretudo.

Existirão dias ruins em que, talvez, nem você acreditará em você mesmo. E você precisará mais do que nunca dele. É fácil amar na mesa de bar onde o papo é leve é o chopp é gelado. Quando tudo parece conspirar a favor. “Longe de qualquer problema, perto de um final feliz” diria Rita Lee. Fácil amar o outro quando o beijo é molhado e o clima frio, conspira para uma noite a dois. Difícil mesmo é amar o outro quando nem mesmo ele está se amando. É ter que se contentar em cuidar dele sábado à noite e domingo fazer uma visita, e passado milhares de domingos depois, lembrar de tudo isso sorrindo com a cabeça dele na sua coxa. Ou sei lá, vocês dois na cama e ela com a cabeça no seu peito.

Lembrarão. Porque sim, vocês passaram por momentos difíceis. Mas o amor... infinitas reticências. Vá entender.

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